O Programa Escapadelas em Angola esta semana leva-nos ao Lobito, uma cidade que está de portas abertas para o turismo e que este ano comemora 100 anos. Tadeu Watela, artista plástico lobitanga é o fio condutor desta viagem que nos deu a conhecer todos os locais turísticos e culturais da cidade. A fechar esta Escapadela está o passeio de comboio em carruagens victorianas de 1930. http://escapadelasemangola.com/alive/index.php/programas/episodios-5-9/pgm-08
O meu propósito
O meu propósito:A vida...aqui espelho os meus devaneios,fantasmas,anseios e receios,imagens do meu quotidiano !Em arte só é válido aquilo que não pode ser explicado,a vida também é assim,não pode ser explicada! Contacte-me pelo email:watela.ngoi@gmail.com
terça-feira, 10 de setembro de 2013
O Programa Escapadelas em Angola
O Programa Escapadelas em Angola esta semana leva-nos ao Lobito, uma cidade que está de portas abertas para o turismo e que este ano comemora 100 anos. Tadeu Watela, artista plástico lobitanga é o fio condutor desta viagem que nos deu a conhecer todos os locais turísticos e culturais da cidade. A fechar esta Escapadela está o passeio de comboio em carruagens victorianas de 1930. http://escapadelasemangola.com/alive/index.php/programas/episodios-5-9/pgm-08
quarta-feira, 2 de janeiro de 2013
Lobito e o "camutangrismo"
Lobito terra de "ninguém"...para que se compreenda a verdadeira essência desta cidade,((o homem do lomango)) somos todos nós que aqui vivemos,nascendo ou não nessa terra que é de todos os munícipes...SOMOS TODOS LOBITANGAS ,in https://www.facebook.com/pages/LOBITO-RUMO-AO-CENTEN%C3%81RIO/214218775293973
Lobito rosa
Obra oferecida a Cavaco Silva (presidente de Portugal) pela Municipalidade do Lobito, na minha página do Facebook pode ser seguida por esse link https://fbcdn-sphotos-d-a.akamaihd.net/hphotos-ak-prn1/38320_137585822930523_672520_n.jpg
quarta-feira, 13 de abril de 2011
Nonagenária deslumbra o Lobito
Falar de Margarida Maria Toulson,ou simplesmente irmã Toulson é falar de candura,de persistência,de caridade,de mãe,protectora,educadora,são tantos os adjectivos para uma figura tão franzina mas de alma tão grande e sublime.
Nascida a 1 de abril de 1920 nas terras desérticas do Namibe (antigo Moçamedes) desde muito cedo tornou-se devota do Senhor,tendo sido a 1ª angolana a tornar-se madre de Santa Dorotéia.
Em 1972 conheci a irmã Toulson no colégio das madres de stª Dorotéia no Lobito,de professora afável passou a ser uma mãe,uma guia.Quem não se lembra das bandas desenhadas da irmã?Mas o tempo parece não querer saber dessa nonagenária que ludibria o passar dos anos com a paixão pelas artes,isso podemos constatar na frescura e jovialdade que as suas obras transmitem.No limiar dos seus 91 anos brindou a cidade com uma grande exposição,patente no hall da administração municipal do Lobito(sala de visitas de Angola) que foi pequeno para albergar toda a produção dessa grande artista.Como curador da exposição foi-me difícil seleccionar as obras porque infelizmente algumas ficaram de fora,ficando aqui a promessa da realização de uma outra exposição em data a anunciar.
Seja, então, nesta minha introdução, pequena fala de respeito, admiração e apreço à pintora, um sublime resumo da vida e obra da irmã Toulson. Amém...
Pintura sobre conchas de ostras... |
Paisagens africanas sempre presentes nas pinceladas da irmã Toulson |
figuras ilustres fizeram-se presentes ao acto de inauguração da exposição |
Dom Óscar Braga assinando o livro de visitas |
...a direita neta da Artista |
Obs:Exposição patente no hall da administração municipal do Lobito de 29.03 a 20.04.2011
sábado, 8 de janeiro de 2011
Quadro vazio
Hoje acordei bem disposto,preparei uma tela para mais umas pinceladas.
De pincéis nas mãos,tintas preparadas lá vou eu ao encontro da tela que es-
perava ansiosa por receber alguns "borrões" de cores da minha paleta.
Trinta minutos depois a tela ainda permanecia vazia,sem qualquer cor ou
forma,foi quando dei-me conta de que em vez de pintar eu contemplava e
dialogava em surdina com a tela.Sobre o quê? Sobre o 8 de janeiro "dia da
Cultura Nacional".
As celebrações alusivas a esse dia representam mais um exercício que nos
leva a reflectir sobre os aspectos mais profundos da nossa identidade.Lá es-
tava eu a dialogar com a tela.
Quem somos,de onde vimos e para onde vamos?Com a estonteante globa-
lização urge perguntar: o que é cultura?Qual a sua função pública?Qual a sua
relação com o desenvolvimento dos povos e sociedades?E aqui pensei O Lo-
bito,a sociedade Lobitanga,embora a tela discordasse desse ponto de vista.
Lobito versus Cultura, Cultura versus Lobito ...as nossas origens,o
nosso passado,presente e futuro (globalizado) e como essas experiências
conjugadas deveriam funcionar para que nunca se apaguem as nossas parti-
cularidades enquanto Angolanos e Lobitangas em particular.Quero continuar
a ser Africano,Angolano e Lobitanga ou "Camutangre" se preferirem.
Arrisquei uma pincelada mas a tela pediu-me para que reflectisse o seguinte
pensamento de A.A.Neto (8 de janeiro de 1979):
" A cultura evolui com as condições materiais e cada etapa corresponde
uma forma de expressão e de concretização dos actos culturais.A cultura
" A cultura evolui com as condições materiais e cada etapa corresponde
uma forma de expressão e de concretização dos actos culturais.A cultura
resulta da situação material e do estado do seu desenvolvimento".
Bem,por hoje essa tela vai permanecer vazia...vou reflectir sobre o 8 de Janeiro
quarta-feira, 24 de novembro de 2010
Flamingos e Futebol no Lobito
Dois acontecimentos marcantes para este final de ano na "sala de visitas de Angola".
Para os mais atentos o 1º é o regresso ainda que tímido dos flamingos cor de rosa aos mangais da cidade.Regista-se o crescimento gradual dessa comunidade de aves não só nos mangais da Caponte,como nas ex-salinas do Liro/Lobito velho.
O regresso dos flamingos parece que não é a única alegria para os Lobitangas,pois um 2º regresso está quase que consumado(nada indica o contrário).Trata-se do regresso ao Girabola(nossa 1ª liga de futebol)do clube emblemático da cidade do flamingo,a Académica Petróleos Clube do Lobito que disputa a derradeira partida(28 de nov 2010) no mítico estádio do "BURACO" onde espera-se que milhares de lobitangas bradem aos quatro ventos o grito de guerra, "no Buraco ninguém passa".
Bem haja Académica no regresso ao Girabola 2011 rumo ao centenário da cidade sala de visitas de Angola
Para os mais atentos o 1º é o regresso ainda que tímido dos flamingos cor de rosa aos mangais da cidade.Regista-se o crescimento gradual dessa comunidade de aves não só nos mangais da Caponte,como nas ex-salinas do Liro/Lobito velho.
O regresso dos flamingos parece que não é a única alegria para os Lobitangas,pois um 2º regresso está quase que consumado(nada indica o contrário).Trata-se do regresso ao Girabola(nossa 1ª liga de futebol)do clube emblemático da cidade do flamingo,a Académica Petróleos Clube do Lobito que disputa a derradeira partida(28 de nov 2010) no mítico estádio do "BURACO" onde espera-se que milhares de lobitangas bradem aos quatro ventos o grito de guerra, "no Buraco ninguém passa".
Adepto ferveroso(Assinada Luvano)percorreu mais de 500 kms(Lobito/Bengo) ao volante dessa motorizada de 50cc para apoiar a equipa no regresso a 1ª divisão de Futebol |
sábado, 16 de outubro de 2010
Paisagens africanas nas pinceladas de Gugas
Gonçalves Savissapa José ou simplesmente "Gugas" de 41 anos de idade,12 dos quais passados entre telas,pincéis e tintas é um artísta cujas obras retratam as paisagens africanas no seu esplendor,puro e natural.
Gugas transmite nas suas obras aquela "teimosia" em aceitar a cidade concebida com montanhas de concreto ao invés do ambiente natural característico do meio rural.E é nesta busca constante pelo natural que o artista trava a sua batalha para alcançar o belo ou o ideal artístico.
Artista autodidacta,teve uma breve passagem pelo atellier do pintor Tandu(que prometo abordar numa próxima ocasião),tendo bebido daí essa pujança na representação paisagista.
Parte do poema "Havemos de voltar" de Agostinho Neto ganha vida na obra de Gugas...
Aos nossos rios, nossos lagos
às montanhas, às florestas
havemos de voltar
À frescura da mulemba
às nossas tradições
aos ritmos e às fogueiras
havemos de voltar
havemos de voltar
À frescura da mulemba
às nossas tradições
aos ritmos e às fogueiras
havemos de voltar
Gugas conta com várias participações em exposições colectivas na província de Benguela.Humilde,professor de profissão,não se assume como artista,embora as suas obras falem por si.
Para ver mais obras deste artísta siga o link abaixo
http://picasaweb.google.com/101742252389477830792/Gugas#
http://picasaweb.google.com/101742252389477830792/Gugas#
Promessa das Artes Plásticas da sala de visitas de Angola
Romulo Alexandre Carvalheda Rosa, nasceu na caponte, município do Lobito, provincia de Benguela aos 5 de abril de 1988.
Irreverente e traquinas,Rómulo muito cedo descobriu o gosto pelo desenho,lembro-me do dia que pela mão de um tio e sua mãe chegou ao meu atellier e me foi "entregue" com a recomendação de cuidar do potencial artístico que o garoto manifestava.
Aceitei o desafio,a princípio não foi fácil todos os dias ver o atellier "inundado" de desenhos do "pokemon",um dos preferidos do Rómulo.A medida que o tempo ia passando ,"Baby"(era assim tratado pelas minhas filhas) demonstrava qualidades surpreendentes para a pintura.Estava assim traçado o rumo que Rómulo viria a seguir depois ao ingressar na escola nacional de Artes Plásticas em Luanda.
Neste curto percurso no mundo das artes,Rómulo começa já a despontar o grande artista que encerra em si.
Participou da exposição colectiva de pintura e desenho alusivo ao 22° da empresa petrolifera Sonangol (1998) na provincia de Benguela, no ano a seguir (1999) participou no concurso realizado pela casa pessoal do porto do Lobito alusivo a mais um aniversário, tendo recebido uma menção honrosa.
Participou da exposição colectiva de pintura e desenho alusivo ao 22° da empresa petrolifera Sonangol (1998) na provincia de Benguela, no ano a seguir (1999) participou no concurso realizado pela casa pessoal do porto do Lobito alusivo a mais um aniversário, tendo recebido uma menção honrosa.
-No ano 2005 em Luanda, participou da exposição colectiva intitulada “Sona desenhos na areia”, patrocinada pela empresa petrolífera Hydro alusivo ao seu centésimo aniversário. Ainda no mesmo ano participou no concurso de artes plásticas organizado pela UNAP (Uniao nacional dos artistas plásticos) patrocinada pela empresa petrolífera Sonangol tendo sido galardoado com o 3° prêmio na categoria de pintura.
-No ano de 2006 participou da exposicao organizada pela UNAP alusivo ao concurso de artes plasticas Prêmio Ensarte, no mesmo ano terminou com êxito o curso médio de formação artística, na escola nacional de artes plásticas.
-Actualmente frequenta o 3° ano do curso superior de Desenho e Plástica na Universidade Federal de Pernambuco, Brasil.
P.S -clica nas imagens para ver em tamanho grande
P.S -clica nas imagens para ver em tamanho grande
segunda-feira, 27 de setembro de 2010
Quem é Eduardo Lemos?
Eduardo Lemos "Dinho",o "incontável"
"O Reencontro" obra oferecida pelo artista a municipalidade do Lobito,localizada nas "portas do mar"
da cidade para o mundo.
Para ver mais obras do artista siga o link abaixo
http://www.facebook.com/album.php?aid=27411&id=100000373171654&l=ed4b8a93eb
basta clicar sobre o link
Conheci Eduardo Lemos em finais de 1997 durante uma exposição colectiva na cidade de Benguela,tendo nascido daí uma profunda amizade que dura até aos dias de hoje.Dinho é um artista autodidacta que talha a pedra como se de barro se tratasse.
Ilustre desconhecido para a maioria dos habitantes da cidade do Lobito,nasceu na província do Moxico,na cidade de Luena aos 29 de nov. de 1958,tendo fixado residência nesta acolhedora cidade em 1992.
As obras de E.Lemos encerram em si independentemente dos variadíssimos temas que nos apresenta,formas,técnicas,simbolismo e significações envoltas em ritualidades que nos remetem a ascentralidade da arte africana em particular e universal em geral.Artista humilde,começou a esculpir pedra do nada a semelhança de Octávio Canhão Bernardes (o responsável por grande parte das estátuas e monumentos da cidade do Lobito),histórias de vida diferentes mas com duas coincidências surpreendentes:ambos nunca tiveram qualquer formação específica sobre escultura, E.Lemos veio para o Lobito e foi logo morar na casa onde viveu O.C.Bernardes onde do nada começou a esculpir.
O artista conta com três exposições individuais (Benguela e Luanda),tendo participado em várias colectivas.Presentemente está representado na Expo Shangai com três obras no Pavilhão de Angola
"A outra Danaide" peça que está exposta em Shangai"O Reencontro" obra oferecida pelo artista a municipalidade do Lobito,localizada nas "portas do mar"
da cidade para o mundo.
Para ver mais obras do artista siga o link abaixo
http://www.facebook.com/album.php?aid=27411&id=100000373171654&l=ed4b8a93eb
basta clicar sobre o link
domingo, 12 de setembro de 2010
Biocombustíveis em África
www.pinceladas1000.blogspot.com
...África África África...impacto ambiental,lucros e...a conversa de sempre
terça-feira, 31 de agosto de 2010
Sonho de um "Camutangre"
...esta foi a imagem que apareceu no meu sonho...
Fui para a cama muito cedo e na vã tentativa de conseguir pregar o olho deixei-me deambular por pensamentos e recordações dos tempos em que os mangais do Lubito eram um espectáculo cor de rosa em função da presença dos flamingos.As horas passavam a uma velocidade estonteante,já não eram só flamingos que povoavam a minha mente, meia acordada,meia adormecida,estava a sonhar.Finalmente o Governador do Lubito acedeu ao meu pedido de audiência feito a uns 15 ou 16 anos quando o Lubito era apenas município de outra província...esfreguei as mãos de contente porque finalmente ía ter a oportunidade de formular essa inquietante pergunta:sr governador do Lubito que importância têm os flamingos para a Província?
Foi quando o maldito despertador fez aquilo para que foi programado,depertar-me, justo no momento que o digníssimo governador preparava-se para a devida resposta...eram 06.00 horas!
Por volta das 07.00hrs quando tomava o café da manhã, inconformado com o final do sonho,falei para os meus botões se não seria melhor deixar de sonhar!Assim não há camutangre* que aguente...maldito sonho! Caí na realidade,estava bem acordado e na Cidade do Lobito.
Até o próximo sonho
*Camutangre ,habitante do Lobito tendo como hepicentro o bº da Canata(Cajanguela)
-Lubito,Olupito,Lupito...Lobito
terça-feira, 24 de agosto de 2010
Agora sim...pode ser contemplada!
A imponente estátua "Monumento a Aviação" da autoria de Octávio Canhão Bernardes,pode agora ser contemplada por todos que por esta linda e acolhedora cidade passarem.
Durante muitos anos ela ficou inacessível aos
olhares dos munícipes e visitantes já que localizava-se na praceta defronte ao aeroporto do Lobito(zona militarizada e restritiva).
A iniciativa da administração local merece o meu viva!!!
Tenho certeza que permanece subjacente o pensamento do autor,pois ela apenas mudou de lugar,o enquadramento estrutural mantém-se: direccionada para o além-mar rumo ao progresso e conquista do infinito...assim também é o meu Lobito em festa "rumo ao centenário".A cidade sala de visitas de Angola completa 97 anos (2 set.)...Parabéns Lobito
*Este "cavalo" é uma peça única no mundo: é oco, com uma película fina de bronze sobre estrutura cruzada de «rails» do caminho-de-ferro.
Nos seus 7,50m de envergadura demonstra a perícia dos operários da Companhia dos Caminho-de-Ferro de Benguela, das oficinas do Huambo.Mais no post "Lobito sala de visitas de Angola"
segunda-feira, 23 de agosto de 2010
Lobito Antigamente
Encontrei essa relíquia submersa em água numa casa abandonada...LOBITO ANTIGAMENTE
Reparem bem como era a minha cidade: não existia o edifício da Rádio (1), o famoso prédio do Nimas 500 (2),o campo do Lusitano actual Electro (3), as instalações dos Bombeiros caponte (4)...o resto tentem descobrir vocês! Lembro que a colina da saudade estava ainda em obras!
Tintas,paletas...cores,formas...o resto é desconhecimento
Os acontecimentos passam velozmente por nós e obrigam-nos a rever as nossas opiniões,as nossas imagens anteriores da realidade.Tudo isso proporciona uma investigação que derruba antigas concepções da vida,as ideias vão e vêm a um ritmo frenético,diabólico!Eu tenho um código por meio do qual transmito as mensagens portadoras de imagens deste quadro que acabo de apresentar.
O meu código é a Arte através da pintura.Não tento pintar para um público universal,reajo aos gostos e estilos preferidos por um ou outro subgrupo da sociedade.
"Em arte só é válido aquilo que não pode ser explicado"
Sorrir sempre
sem título...óleo sobre tela ...21.08.2010 Watela
Depois de passar por uma experiência amarga aprendi que sorrir ainda é o melhor remédio,a melhor solução.
Sorrir até com aqueles que um dia te fizeram chorar...e isso não é cinismo,é perdão.Sorrir sempre,mesmo quando existirem razões para chorar...sorrir com quem mentiu,quem traíu,quem te ridicularizou,quem fingiu...sorrir com todos.
O sorriso liberta,faz viver de novo!
AHAHAH EHEHEHE HIHIHIHIHIHIHI
Mobília nova na "sala de visitas antiga"
"Sereia dos trópicos" (Octávio Canhão Bernardes,1919/2010) à esq.;réplica à dir. |
Outras obras:"Caminhando"na colina da saudade,"O Poeta" na Restinga ,"Monumento
a Aviação" brevemente na rotunda do posto de combustíveis Bolama(Pires Vasco),
"O Homem do Lomango" defronte aos Bombeiros/Caponte e tantas outras na província
do Bié e pelo mundo afora.Pois bem,esse grande artista morreu sem saber que a sua
obra- prima foi adulterada (?),ou melhor ,substituída e não restaurada e assim toda uma
história...as imagens falam por si!
As sete ou as mil diferenças?
Da minha objectiva
...a minha "câmara" não resistiu...e vai daí um clic!!! A contrastar com as grandes infraestru-
turas que estão a ser erguidas na zona alta (bº 27 de Março/Lixeira) da cidade do Lobito...
que tal uma igreja?
Mais uma vez: ÁFRICA ou Á,F,R,I,C,A?
Maio é o mês de A,f,r,i,c,a...perdão ÁFRICA era o que pretendia
dizer e também já agora rectifico,apenas o dia 25 ...sim agora estamos
entendidos!Vamos Pensar África nesse dia e mais nada?!Porque ELA
continua igual a si mesma,não importam os outros dias...porque os dias
em África parecem não contar,passam e nada ou quase nada muda...
África não é o berço da humanidade,é o bebé no berço da humanidade,
bebé que teima em não crescer,bebé que recebe como prendas brinque-
dos bélicos,daí as traquinices,as rebeldias...bebé mal adoptado por pais
"trungungueiros" e exploradores,pais(?) que pretendem que o seu bem
amado filhinho não cresça.Assim é África "mimada e castigada" sob o
olhar cúmplice do seu pior filho:o homem africano...girafas,rinocerontes,
elefantes,macacos...e etc,nada têm a haver!Apenas o homem.
dizer e também já agora rectifico,apenas o dia 25 ...sim agora estamos
entendidos!Vamos Pensar África nesse dia e mais nada?!Porque ELA
continua igual a si mesma,não importam os outros dias...porque os dias
em África parecem não contar,passam e nada ou quase nada muda...
África não é o berço da humanidade,é o bebé no berço da humanidade,
bebé que teima em não crescer,bebé que recebe como prendas brinque-
dos bélicos,daí as traquinices,as rebeldias...bebé mal adoptado por pais
"trungungueiros" e exploradores,pais(?) que pretendem que o seu bem
amado filhinho não cresça.Assim é África "mimada e castigada" sob o
olhar cúmplice do seu pior filho:o homem africano...girafas,rinocerontes,
elefantes,macacos...e etc,nada têm a haver!Apenas o homem.
Africa colonizada,explorada,violada...e no final endividada!Como?
Não compreendo mais África!
Não compreendo mais África!
Para quando uma ÁFRICA sem "vírgulas"? Até lá...Á,F,R,I,CA oyé
Considerações
"Quem não é capaz de administrar o seu mercado e preservar os valores da sua
identidade,transformando-os em contributo ao processo global,fica sem expressão"
identidade,transformando-os em contributo ao processo global,fica sem expressão"
José Eduardo dos Santos - (3º Simpósio sobre Cultura Nacional)
Beleza pura
Pedra lascada...Cubal/Angola
por terras do Cubal/Benguela |
Sempre que passo por essa pedra a caminho do Cubal(interior de Angola) faço
fotografias para a posteridade,pois essa imagem tarde ou cedo deixará de existir
...a separação vem de longa data,lembro-me a cinco anos era de palmo e meio...
hoje está acima de metro e meio.
Simplesmente maravilhosa...essa obra da natureza! Para quem já teve a oportu-
nidade de contemplar essa maravilha há-de ficar gravada na sua memória, essa
imagem escultural,imponente e ao mesmo tempo frágil...frágil porque não resiste
ao tempo, essa beleza vai tombar,sim tombar porque a "maldita" rachadura acen-
tua-se cada vez mais ...e irónicamente isso a torna ainda mais BELA!
Até breve "Pedra lascada"...(é assim que a maioria dos viajantes te trata).
Homenagem ao Bibi
Sabino Fernandes apresentando um programa...
O Lobito perdeu mais um dos seus ilustres filhos.Morreu o
nosso amigo Sabino Fernandes, o "Bibi" como era carinhosamente
tratado por todos aqueles que com ele privaram.
O "manhã de domingo" programa radiofónico da Rádio Lobito ficou
sem a sua principal voz, o Bibi se calou mas deixa gravado nas
nossas memórias o slogam "everday...tous les jours...tekelateke...
todos os dias".
Sabino "Calondjanda",amigo e companheiro de longa data partiste
mas os teus feitos farão morada nas nossas vidas...Adeus amigo e
que a tua alma descanse em paz...
"EVERDAY...TOUS LES JOURS...TEKELATEKE...
TODOS OS DIAS"
Augusto Bastos
Augusto Bastos O Angolano Prodigioso
campa no cemitério de Benguela...
Augusto Bastos O Angolano Prodigioso
Augusto Bastos é um dos mais ilustres angolanos de sempre.
Foi ao mesmo tempo jornalista e homem de letras, filólogo, historiador, etnólogo, compositor, pianista, artista plástico e o mais brilhante advogado e político do seu tempo.
As suas ideias libertárias estiveram na base das revoltas do Seles e Amboim, tendo sido preso pela polícia na sua casa de Benguela, no dia 2 de Junho de 1917, de madrugada, sob a acusação de ser o líder do movimento.
A figura de Augusto Bastos foi enaltecida numa obra de Geraldo Bessa Victor, um dos percursores do Movimento Vamos Descobrir Angola, e numa nótula histórica de Alberto de Lemos, grande historiador angolano.
Era filho de um abastado comerciante português estabelecido na cidade de S. Filipe, Manoel Thadeu Pereira Bastos, e “da preta Lauriana”, cuja ascendência se desconhece mas que era oriunda do Seles.
Augusto Bastos nasceu em Benguela, no dia 16 de Setembro de 1873. Pelo menos é essa a data que consta na lápide colocada na campa rasa onde está sepultado. Mas Geraldo Bessa Victor, que tinha laços familiares com essa grande figura da nossa História, afirma que ele nasceu em 16 de Agosto de 1872.
A data da sua morte não oferece dúvidas. Morreu no dia 10 de Abril de 1936, fulminado por um ataque cardíaco, na sua casa de Benguela. O jornal “O Intransigente”, de Gastão Vinagre, publica um obituário pungente onde é referido que morreu um dos mais ilustres angolanos de sempre.
A biografia traçada por Alberto de Lemos refere que Augusto Bastos “foi dos mais ilustres filhos de Angola que, na última década do século passado (Sec. XIX) até ao primeiro quartel deste (Sec. XX), aqui, neste meio africano, ingrato e hostil, mais se distinguiu”.
O grande historiador, que assina uma “História de Angola” (1932) das mais probas e honestas sobre a chegada dos portugueses à foz do rio Zaire e a ocupação colonial, tinha inteira razão.
Augusto Bastos ainda criança revelou ser um menino-prodígio. O pai não perdeu tempo e enviou-o para Lisboa, onde fez os estudos primários, secundários e os preparatórios para a Universidade, tendo-se matriculado no curso de Medicina.
Mas a morte do pai obrigou-o a abandonar a carreira estudantil e regressou a Benguela para tomar conta dos negócios da família. Em Lisboa, como todos os meninos ricos da época, aprendeu música, pintura e línguas.
Teve uma professora de piano e aulas de canto. Falava e escrevia correctamente o francês. Com um mestre particular, aprendeu Belas Artes. Apesar de muito jovem, frequentava todas as instituições culturais e científicas da época. Foi um destacado aluno de Matemática e a paixão por essa ciência acompanhou-o até ao fim dos seus dias.
O cientista francês Camile Flammarion publicou estudos matemáticos sobre o Cometa Halley. Augusto Bastos, que era correspondente em Angola e sócio de várias instituições científicas, analisou os cálculos e descobriu que estavam errados.
Através da Sociedade de Geografia de Lisboa, da qual era membro, fez chegar ao cientista francês a correcção dos erros que cometeu. Camile Flammarion enviou-lhe uma carta a aceitar os erros e a agradecer-lhe as correcções.
E mostrou “vivo interesse” em conhecer tão ilustre matemático. Nessa altura, Augusto Bastos era um jornalista que impôs um estilo no jornalismo angolano e um escritor notável.
Este episódio teve grande repercussão na época porque circulava uma espécie de lenda, segundo a qual Augusto Bastos era apresentado como alguém que apenas tinha a “quarta classe”, o que de resto é referido em muitos documentos da época e sobretudo em notícias de jornais.
Na verdade ele teve uma esmeradíssima educação, que lhe foi dada por alguns dos melhores professores que davam aulas particulares em Lisboa, no último quartel do século XIX, e que lhe transmitiram os ideais liberais, republicanos e até libertários.
Literatura policial
Augusto Bastos regressou a Benguela quando tinha 17 anos e pouco depois começou a revelar a sua prosa magnífica nos principais jornais de Luanda. Em apenas cinco anos, impôs o seu estilo único, numa prosa perfeita, muito incisiva e impregnada de um humor contagiante.
Durante uma década, os seus textos eram disputados pelos melhores jornais de Luanda e de Benguela. Sem nunca abandonar completamente o jornalismo, começou a dedicar-se, com grande sucesso, à literatura. As suas crónicas, muito poéticas, já indiciavam o nascimento de um grande escritor angolano.
E nasceu mesmo, numa vertente surpreendente. Augusto Bastos foi o primeiro angolano a escrever uma obra no géneropolicial. O título é “Aventuras Policiais do Repórter Zimbro” e foram publicadas seis novelas. São ficções muito raras, escritas numa prosa enxuta e ao mesmo tempo de uma imaginação delirante.
E sempre, como fio condutor, o finíssimo humor dos benguelenses, traço que nada nem ninguém conseguiu apagar até hoje. Ele ainda está vivo na prosa de Pepetela (Jaime Bunda) ou do cronista Jaime Azulay, naquela que é uma crónica lapidar, publicada neste jornal sob o título genérico de “Morro do Sombreiro” e conta as atribulações de um pinguim desterrado.
Para que ninguém tenha a tentação de ligar o “Repórter Zimbro” ao “Repórter X”, de Reinaldo Ferreira, lembro que o prodigioso jornalista português nasceu em 1897, quando Augusto Bastos já era o mais notável jornalista angolano da sua época. A haver afinidades, foi Reinaldo Ferreira que lhe seguiu os passos.
Além desta obra fez o que todos os grandes escritores faziam na época, folhetins no jornal O Lobito, novelas em fascículos para toda a imprensa da época e muitas crónicas.
Já se sabe que a crónica angolana está muito mais próxima da literatura do que do jornalismo, como bem mostra o grande mestre Arnaldo Santos, nesta sua última série “Observatório do Balão”, rubrica semanal no “Jornal de Angola”, temporariamente suspensa porque o autor está a escrever um romance.
Augusto Bastos é autor de outros livros muito raros mas que ainda se encontram nos alfarrabistas de Lisboa: “O Caçador de Leões” (1917), “Debaixo de um Búfalo” (1919), dois fascículos que foram publicados sob o título genérico “A Vida nas Selvas”. Há um terceiro fascículo, “A Vingança e o Fim de um Escravo”, que desapareceu, até dos alfarrabistas. Talvez a família conserve algum precioso exemplar.
O mais importante da obra de Augusto Bastos está nas áreas da filologia e da etnografia. Deixou-nos um compêndio de umbundu, que na época era chamado de “quimbundu de Benguela”. Mais uma obra perdida.
Mas na Sociedade de Geografia de Lisboa estão depositados o “Novo Método da Língua Bunda do Distrito de Benguela”, a “Monografia de Catumbela” e a sua obra mais notável, “Traços Gerais sobre a Etnografia do Distrito de Benguela”, de 1909. Neste livro, Augusto Bastos inclui os seguintes capítulos: da pronúncia e ortografia do umbundu, povos, governo político, organização guerreira, direitos civis, julgamento dos crimes e delitos, recursos económicos, principais cerimónias, crenças e superstições, usos e linguagem.
Estudar esta obra é conhecer Benguela e o espírito indomável dos benguelenses.
Músico e pintor
Augusto Bastos era um exímio pianista e um compositor de elevado mérito. Compôs sinfonias (perdidas?), cançonetas (muitas) e valsas, com destaque para a famosa “As Furnas do Lobito”. A Benguela do seu tempo era um farol cultural.
E Augusto Bastos pontificava nos saraus, tocando piano, declamando poemas, fazendo conferências de improviso. A sua obra musical é desconhecida do público.
Geraldo Bessa Victor diz que ele era um pianista excepcional e um compositor invulgar. A família é chamada a mostrar aos angolanos a obra musical deste angolano de excepção.
Nos 12 anos que viveu em Lisboa, Augusto Bastos teve aulas particulares de artes plásticas.
Nos 12 anos que viveu em Lisboa, Augusto Bastos teve aulas particulares de artes plásticas.
A pintura, sobretudo a óleo, foi uma paixão que, a par do jornalismo, o acompanhou sempre.
Geraldo Bessa Victor dá-nos conta que entre inúmeras telas de sua autoria, se destacam os retratos de Teófilo Braga e António José de Almeida, dois visionários da República com os quais Augusto Bastos conviveu e, muito provavelmente, conspirou em Lisboa, nas tertúlias republicanas.
Geraldo Bessa Victor dá-nos conta que entre inúmeras telas de sua autoria, se destacam os retratos de Teófilo Braga e António José de Almeida, dois visionários da República com os quais Augusto Bastos conviveu e, muito provavelmente, conspirou em Lisboa, nas tertúlias republicanas.
Investigação Histórica
Em 1928, o alto-comissário de Angola, Norton de Matos, deu a Augusto Bastos a missão de criar o Arquivo Histórico de Angola. Foi o seu último trabalho de grande fôlego, mal remunerado e nada respeitado. Porque quando o alto-comissário foi substituído, o novo governador desvalorizou o trabalho.
Mas Augusto Bastos já tinha inventariado e catalogado mais de dois mil processos. O trabalho foi metido numa cave, longe do palácio, abandonado aos ratos e à salalé.
Anos mais tarde, o que restou desta preciosa documentação foi para o Museu de Angola, hoje Museu de História Natural. Alberto de Lemos, a propósito desta catástrofe cultural, escreve na biografia de Augusto Bastos: “o que se pôde salvar do tremendo naufrágio está hoje recolhido com carinho no Museu de Angola”.
Enquanto fazia o trabalho de investigação, Augusto Bastos produziu um manuscrito com toda a bibliografia angolana, desde que foi instalada a imprensa em Angola. As bibliotecas municipais de Luanda e de Benguela, duas casas de cultura de importância excepcional, tinham cópias do manuscrito. Eu próprio consultei a de Luanda. O original esteve em posse de Alberto de Lemos, que o depositou no Museu de Angola.
As autoridades que guardam o espólio de Augusto Bastos fazem um relevantíssimo serviço à cultura angolana se publicarem o manuscrito.
Intelectual revolucionário
Augusto Bastos era um homem de esquerda, republicano e socialista. Em Benguela foi sempre um líder político, tendo sido presidente da Câmara Municipal. No seu mandato, as ruas foram arborizadas e foram criados inúmeros espaços verdes.
Foi com ele que nasceu a Cidade das Acácias Rubras. Sendo um homem da “kuribeka”, durante a sua presidência foram abertas escolas e garantida a saúde pública. Um dia o governador-geral demitiu-o porque temia a sua influência entre “os nativos”.
O seu passado de revolucionário fez com que o regime colonialista o olhasse sempre com desconfiança. No dia 2 de Junho de 1917, de madrugada, a polícia assaltou a sua casa e levou-o preso, sob a acusação de ser o líder da revolução do Seles e Amboim. Com ele foram presos outros intelectuais benguelenses. Mas como a revolta estava a atingir Benguela, o governador teve de libertá-lo.
Neste período e ao mesmo tempo, rebentaram as revoluções do Libolo, Lucala e Dala Tando (Ndalatando). Os intelectuais do norte, António de Assis Júnior, Domingos Van-Dúnem, Filipe de Melo, Pedro Duarte e José Fontoura foram presos, torturados e levados para Luanda amarrados. As autoridades colonialistas estavam a decapitar as elites africanas, para evitar que a revolta alastrasse.
Muito ficou por dizer sobre esta figura extraordinária da História de Angola. Mas acabo com uma perplexidade. Sendo Augusto Bastos um nacionalista revolucionário, o Senado da Câmara Municipal de Luanda deu o seu nome a uma rua que ligava as Ingombotas à Maianga e ao Maculusso.
Fonte:Jornal De Angola/06-04-2010
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